quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

10 de dezembro Obra de Mendelssohn encerra temporada 2014 da Sinfônica da Unicamp no Teatro Castro Mendes

Com a monumental “Sinfonia nº 2”, de Felix Mendelssohn Bartholdy (1808-1847), a Orquestra Sinfônica da Unicamp encerra sua temporada artística com concertos na quarta-feira (10), no Teatro Castro Mendes, às 20h, em Campinas; e na quinta-feira (11), na Igreja Matriz, às 19h, em Mogi Mirim. No teatro, os ingressos custam entre R$ 5 e R$ 20. Na Igreja Matriz, a entrada é gratuita. Sob a batuta de Cinthia Alireti, as apresentações terão as participações dos solistas Raíssa Amaral e Ruxelli Bergamaschi (sopranos), Susana Boccato (mezzo soprano), Daniel Duarte (tenor), Coro Contemporâneo de Campinas (regência, Angelo Fernandes) e Collegium Vocale Campinas (regência, Akira Kawamoto). Executada pela primeira vez em Leipzig, em 1840, a obra de Mendelssohn foi encomendada para a comemoração de aniversário dos 400 anos da prensa de Gutenberg. O inventor era considerado um grande orgulho nacional para os alemães e a sua invenção teria influenciado a Reforma Protestante, assim como a liberdade de imprensa. Por ser comparada à "Sinfonia nº 9", de Beethoven, que se tornou um paradigma da sinfonia-coral, a "Sinfonia nº 2", de Mendelssohn, foi muito criticada pelos autores e compositores da época. Na obra de Beethoven, o coro surge apenas no último movimento, não abandonando a forma clássica utilizada nas obras puramente sinfônicas. Na composição de Mendelssohn, o processo se expande em uma forma que utiliza uma sinfonia quase completa como introdução para vários movimentos cantados, gerando assim o que foi chamado pelo próprio compositor de sinfonia-cantata. “Ocorre que Mendelssohn, conhecido como o grande descobridor da obra de Bach, se referia não a padrões clássicos para a sua nova criação, mas aos modelos barrocos, utilizando a linguagem do século 19 para traduzir a música de Bach e Handel dentro do universo romântico”, contextualiza a regente Cinthia Alireti. Segundo ela, mais do que uma compilação de referências aos modelos antigos, Mendelssohn se utiliza do significado de trechos bíblicos para garantir unidade formal à sua sinfonia. “Afinal, o canto de louvor deve ultrapassar os limites da voz e se instalar nas linhas dos instrumentos, como diz o texto: ‘tudo o que respira, louve ao Senhor!’”, conclui. Serviço: Concertos da Orquestra Sinfônica da Unicamp Local: Teatro Castro Mendes. Praça Corrêa de Lemos, s/n, Vila Industrial - Campinas. (19) 3272-9359 Data: 10 de dezembro Horário: 20h Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia-entrada) e R$ 5 (comunidade da Unicamp - funcionários, professores, alunos)

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